PSD/Porto considera aumento das portagens "preocupante"
O líder do PSD/Porto adiantou hoje, à Lusa, que os deputados do PSD do distrito do Porto vão questionar o Governo, nos "próximos dias", sobre se as "notícias vindas a público têm, ou não, qualquer tipo de "fundamento", e qual o "critério de introdução de novas portagens".
"Não deixa de ser preocupante essa intenção por parte do Governo em introduzir (...) na zona norte do país mais 13 portagens", declarou Virgílio Macedo, numa entrevista telefónica à Lusa, acrescentando que "é importante saber qual é o critério subjacente" à introdução de novas portagens.
Virgílio Macedo defende, por seu turno, que não haja descriminação negativa para a zona norte.
"Nós não queremos, na zona norte, discriminação positiva relativamente às portagens, mas também não queremos ter discriminação negativa", afirmou, reconhecendo que "há um número exagerado de novos pórticos na zona norte" e que cabe ao Governo demonstrar que não existe um "tratamento discriminatório", mas sim um "tratamento justo" e "equitativo" relativamente à realidade do país.
O presidente do PSD/Porto recordou que no distrito do Porto há uma questão particular, que classificou de "inacreditável" e "caricata", porque os carros municipais da Maia para ir para irem despejar o lixo ao Lipor (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto) têm de pagar portagem.
O jornal Diário Económico avança hoje que o Governo está a preparar-se para introduzir novas portagens, colocando 15 novos pórticos automáticos de cobrança nas autoestradas nacionais, sobretudo do norte de país e da Grande Lisboa.
Os jornais de hoje adiantam que a medida consta de um documento "confidencial" do executivo, entregue à Troika em novembro, durante a sexta avaliação do memorando de entendimento.
A maior parte das portagens estão pensadas para as ex-SCUT do Norte Litoral, entre o Porto e Viana do Castelo, as do Grande Porto, designadamente o troço até Lousada, e as da Costa de Prata, entre Mira (Aveiro), e o Porto.
O documento pondera também o regresso das portagens entre o Porto e a Maia, na A3, e a colocação de dois novos pórticos na A16, na Grande Lisboa, em Cascais e Sintra.
Com as novas portagens, o Governo espera um aumento das receitas entre os 47 milhões e os 70 milhões de euros anuais.